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FPIES, Você sabe o que é??

Por Drª Janaina Melo – Alergista e Imunologista

 

FPIES (do inglês Food Protein Induced Enterocolitis Syndrome), que significa Síndrome da Enterocolite Induzida por Proteína Alimentar, é uma hipersensibilidade gastrointestinal a alimentos, não mediada por IgE.

Os alérgenos mais comuns são leite de vaca e a soja, mas qualquer alimento (mesmo aqueles supostamente hipoalergênicos, p.ex. arroz, aveia) podem causar uma reação FPIES. Normalmente começa no primeiro ano de vida.

Diferentemente da maioria das Alergias Alimentares, as reações FPIES começam 2 horas após a ingestão do alimento gatilho. Se caracterizam por vômitos abundantes e diarreia, com desidratação importante e rápida, até mesmo choque. FPIES ocorre principalmente em lactentes jovens, mas podem existir em crianças mais velhas.

DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da FPIES é baseado na história clínica, partindo-se do reconhecimento dos sintomas, da exclusão de outras causas e do teste de provocação oral (TPO) supervisionado. Apesar do TPO ser o padrão ouro, ele pode ser dispensado em casos de reações graves e recorrentes associadas à ingestão alimentar.

TRATAMENTO:
Não existe terapia curativa até o momento.
Para FPIES Aguda, hidratação endovenosa é normalmente necessária.
Evitar terminantemente o alimento causador é a conduta a ser seguida.
Uma dieta hipoalergênica pode incluir: fórmula à base de aminoácidos livres ou fórmula à base de caseína extensamente hidrolisada.

É importante o acompanhamento do crescimento e da ingestão de nutrientes para detectar possíveis riscos nutricionais e a necessidade de intervenção. Além disso, a avaliação regular para o desenvolvimento de tolerância é necessária para evitar restrições desnecessárias, o que deve ser individualizada quanto ao alimento a ser introduzido e ao período de introdução.

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Prick Teste Para Aeroalérgenos

Por Drª Janaína Melo – Alergista e Imunologista

Muitas pessoas me questionam sobre como detectar os agentes causadores das alergias respiratórias, é importante saber que, para cada tipo de alergia existe um teste específico e que os testes devem ser individualizados.

Um dos mais utilizados para avaliação dos alérgenos é o prick teste ou teste de puntura, é um método “in vivo” que consiste em detectar quais alérgenos (substâncias de origem natural, ambiental ou alimentar que podem induzir a uma reação alérgica) no paciente sensível.

Ele é indicado para o diagnóstico de alergia nos pacientes com sintomas respiratórios, cutâneos, gástricos ou oculares: ? RINITE ALÉRGICA,
?CONJUNTIVITE ALÉRGICA, ?ASMA/BRONQUITE, ? DERMATITE ATÓPICA e ?ALERGIAS ALIMENTARES

Lembrando que, as alergias respiratórias são causadas pelos agentes denominados ? AEROALÉRGENOS, como por exemplo: ácaros, gramíneas (pólens), fungos, epitélio de cão, epitélio de gato, penas e baratas.

Como é um teste de amplo desempenho, também é utilizado para detectar sensibilidade a alimentos como: leite, gema e clara de ovo, trigo, milho, amendoim, glúten, cacau, camarão, peixe, carne bovina, carne suína e carne de frango, frutas, entre outros.

É sempre de fundamental importância identificar a origem das alergias, para que as crises sejam prevenidas. Faça o teste sempre com um especialista em alergia!

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O Glúten e o Autismo

Entrevista com Dra. Geórgia Meneses Fonseca…

Recentemente, um tema vem sendo amplamente comentado e debatido no meio científico: as possíveis relações entre o consumo de glúten e o autismo em crianças. Para entender melhor esta complexa questão, a Schär conversou com uma das maiores especialistas no Brasil sobre o assunto. Mãe de uma menina autista, a doutora Geórgia Meneses Fonseca é pediatra com ampla experiência em desenvolvimento infantil, puericultura, homeopatia e saúde mental, além de pesquisadora em autismo da Federação Brasileira de Homeopatia, da qual é membro diretora. Confira a seguir a entrevista que ela gentilmente nos cedeu, por e-mail.

Já existe comprovação científica sobre as relações entre doença celíaca e autismo? O que é possível afirmar a este respeito?

Geórgia Meneses Fonseca: Há vários anos, nós que trabalhamos no dia a dia com os pacientes com autismo, e principalmente os pais e cuidadores destas crianças, temos observado que os sintomas gastrointestinais são uma característica comum em todas elas. Esta sintomatologia frequente chamou a atenção de vários pesquisadores para uma possível associação com a doença celíaca ou sensibilidade ao glúten nestas crianças. Os estudos sobre a resposta imune ao glúten no autismo e sua associação com doença celíaca apresentavam-se inconsistentes, no entanto alguns trabalhos recentes vêm respondendo a estes questionamentos. Novos estudos demonstraram que as crianças com autismo têm níveis significativamente mais elevados de anticorpos IgG para gliadina em comparação com os indivíduos saudáveis.(1) A resposta de anticorpos IgG anti-gliadina também se mostrou significativamente maior nas crianças autistas com sintomas gastrointestinais em comparação com aquelas que não apresentavam nenhum sintoma deste tipo. Isto comprovou que as crianças autistas podem sim apresentar aumento da reatividade imunológica de glúten. O mecanismo parece ser distinto da doença celíaca. O aumento da resposta de anticorpos anti-gliadina e sua associação com sintomas gastrointestinais aponta para um potencial mecanismo que envolve alterações de permeabilidade intestinal e/ ou imunológica em crianças afetadas.

Uma patologia que permaneceu desconsiderada por muito tempo, apesar de ter sido descrita originalmente em 1980, é a Sensibilidade Não Celíaca ao Glúten (SNCG) e que agora vem recebendo atenção devido aos estudos epidemiológicos recentes que associam a presença da SNCG em indivíduos com Síndrome do Intestino Irritável, Doenças Inflamatórias Intestinais e Distúrbios Neuropsiquiátricos, entre eles o Autismo e a Esquizofrenia. A Sensibilidade Não Celíaca ao Glúten, ou SNCG se caracteriza basicamente pela presença de sintomatologia intestinal e extra-intestinal relacionados à ingestão de alimentos contendo glúten, em indivíduos que não são afetados pela Doença celíaca ou pela Alergia ao Trigo.(2) E realmente temos visto em vários pacientes autistas a falta de marcadores para a DC presentes mas a resposta clara à retirada da proteína com alívio dos sintomas gastrointestinais e melhoria do quadro autístico.

Outro ponto recente e interessante para estudo, não só em relação a DC como para o Autismo, é a inter-relação cada vez mais evidente entre saúde x doença x microbioma isto é, a relação entre a população bacteriana que carregamos como “amigas” e que tomam importante papel no nosso metabolismo. Vários estudos demonstraram uma alteração na microbiota e doenças intestinais inflamatórias por exemplo. Nos casos de autismo, esta alteração, comumente chamada de disbiose, e seu papel no desenvolvimento dos sintomas intestinais e digestivos sempre foi amplamente debatida. De maneira fascinante agora em 2014 foram apresentadas pesquisas que demonstram que algumas bactérias têm potencial capacidade de ajuda na metabolização e quebra dos peptídeos do glúten em celíacos, e que sua ação começa já desde a cavidade oral (3,4,5). Alterações em alguns dos mesmos gêneros de bactérias, como Firmicutes, também foram observadas em crianças com autismo.(6)

 

Por que uma criança autista tem mais problemas de refluxo, constipação e diarréia, por exemplo?

GF: A gênese destes sintomas parece resultar de um círculo vicioso resultante de agressão à mucosa gastrointestinal causando a permeabilidade intestinal aumentada, que será a provocadora da ativação imune gerando inflamação crônica local. E quais seriam os agentes apontados como agressores? Várias frentes de estudo apontam para o uso frequente ou precoce de antibióticos; uma dieta rica em carboidratos e açúcares ou alimentos infantis processados; o desmame precoce; a presença de alterações das respostas imunes primárias pelas vacinações; o uso excessivo de alimentos alergênicos como leite de vaca ou ovos; a exposição a toxinas, metais, vírus, parasitas; a diminuição da atividade de dissacaridases e outras enzimas que são capazes de digerir alimentos como os açucares e proteínas; a diminuição de imunoglobulinas protetoras do trato gastrointestinal como a IGA secretória e o crescimento de bactérias super-resistentes e fungos que são os causadores da disbiose. Todos estes agentes atuando como gatilhos sobre a predisposição genética subjacente.

 

É verdade que a doença celíaca é mais frequente em autistas? Por que isso ocorre?

GF: Não há uma relação direta até agora comprovada nesta relação. Como foi recentemente demonstrado num trabalho realizado na Suécia no ano passado, relacionando 26995 pacientes biopsiados para Doença Celíaca e o diagnóstico de Transtorno do Espectro do Autismo.(7) Mas a presença de anticorpos positivos contra o glúten é encontrada com mais frequência nestes pacientes (2, 7)

 

Há pesquisadores que defendem a tese de que a má absorção dos nutrientes decorrente da doença celíaca acarreta em uma deficiência de neurotransmissores, fazendo com que estas pessoas apresentem comportamentos de autistas. Essa informação procede?

GF: Não exatamente. A DC tem sido associada a desordens neurológicas e psiquiátricas, notadamente com a ataxia cerebelar, neuropatia periférica, epilepsia, cefaléias, demência e depressão. Recentemente, a produção de alguns outros anticorpos têm sido relacionada com a sensibilidade ao glúten e às complicações neurológicas decorrentes, incluindo anticorpos anti-gangliosideos e os anti-GAD (Acido glutâmico descarboxilase). A enzima ácido glutâmico descarboxilase é relacionada à produção de ácido gama aminobutírico (GABA), que é um importante neurotransmissor regulatório no sistema nervoso central. Pelo menos 60% dos pacientes com anticorpos anti-gliadina presentes apresentam também anticorpos anti-GAD.(8)

A sensibilidade ao glúten também tem sido relacionada à diminuição da produção de serotonina. Um trabalho demonstrou que adolescentes celíacos que apresentavam depressão e outras alterações de comportamento tinham baixos níveis de triptofano livre, o qual é essencial para a produção da serotonina.(9)

Relatos sobre a relação entre Esquizofrenia e Doença Celíaca já contam 40 anos. A principal teoria entre a relação da absorção dos peptídeos do glúten, denominados gliadomorfinas, e comportamentos autistas tiveram seu início com estudos de comportamento animal desde a década de 60. A proteína do trigo mal digerida gera um pequeno fragmento proteico denominado peptídeo, que possui a capacidade de ligar-se aos receptores opióides cerebrais e manifestar sintomas semelhantes ao da intoxicação pelo ópio e seus derivados.

 

Fala-se muito na eliminação de glúten e caseína (proteína do leite) da dieta de crianças autistas. Isso é realmente uma medida eficaz? Por que motivos? Uma criança pode reverter o autismo apenas por meio de uma dieta sem glúten e lactose, p. e.?

GF: A restrição de glúten e caseína da dieta de pacientes com Transtorno do Espectro do Autismo tem obtido grande aderência e aprovação de pais e cuidadores que observam a melhoria dos sintomas autísticos destes pacientes. Os estudos clínicos realizados com a dieta livre de glúten e de caseína nestas crianças demonstraram uma melhora no nível cognitivo não verbal, melhora na linguagem, diminuição dos problemas motores, diminuição do alheamento, aumento das habilidades de comunicação e de contato social e diminuição do comportamento estereotipado e agressivo.( 10, 11, 12, 13). Um dos melhores trabalhos sobre isto foi um estudo randomizado durante 24 meses de aplicação da dieta feito em 2010 por pesquisadores britânicos e escandinavos em 74 crianças com autismo de 4 a 10 anos avaliadas por diversas escalas de avaliação para comportamento social e desempenho cognitivo, que revelou melhora significativa nos escores obtidos no grupo em dieta livre de glúten e de caseína.(14)

 

Cortando o glúten da alimentação de uma criança, é preciso recorrer a outras proteínas substitutivas? Quais?

GF: Toda restrição dietética em crianças deve ser acompanhada e orientada por profissional especializado. A retirada do glúten em si não trará muitos problemas, pois as outras fontes proteicas são todas liberadas. A retirada da caseína implica em atenção para os níveis de cálcio e manutenção do status proteico para garantirmos o crescimento e desenvolvimento adequados.

Referências:

(1) Markers of Celiac Disease and Gluten Sensitivity in Children with Autism. – Lau NM, Green PH, Taylor AK, Hellberg D, Ajamian M, Tan CZ, Kosofsky BE, Higgins JJ, Rajadhyaksha AM, Alaedini A.
(2) Non-Celiac Gluten sensitivity: the new frontier of gluten related disorders.
Catassi C, Bai JC, Bonaz B, Bouma G, Calabrò A, Carroccio A, Castillejo G, Ciacci C, Cristofori F, Dolinsek J, Francavilla R, Elli L, Green P, Holtmeier W, Koehler P, Koletzko S, Meinhold C, Sanders D, Schumann M, Schuppan D, Ullrich R, Vécsei A, Volta U, Zevallos V, Sapone A, Fasano A.
(3) Diversity of the cultivable human gut microbiome involved in gluten metabolism: Isolation of microorganisms with potential interest for coeliac disease.
Caminero A, Herrán AR, Nistal E, Pérez-Andrés J, Vaquero L, Vivas S, de Morales JM, Albillos SM, Casqueiro J.
(4) The cultivable human oral gluten-degrading microbiome and its potential implications in coeliac disease and gluten sensitivity.
Fernandez-Feo M, Wei G, Blumenkranz G, Dewhirst FE, Schuppan D, Oppenheim FG, Helmerhorst EJ.
(5) Discovery of a novel and rich source of gluten-degrading microbial enzymes in the oral cavity.
Helmerhorst EJ, Zamakhchari M, Schuppan D, Oppenheim FG.
(6) Fecal microbiota and metabolome of children with autism and pervasive developmental disorder not otherwise specified.
De Angelis M, Piccolo M, Vannini L, Siragusa S, De Giacomo A, Serrazzanetti DI, Cristofori F, Guerzoni ME, Gobbetti M, Francavilla R.
(7) Markers of Celiac Disease and Gluten Sensitivity in Children with Autism.
Lau NM, Green PH, Taylor AK, Hellberg D, Ajamian M, Tan CZ, Kosofsky BE, Higgins JJ, Rajadhyaksha AM, Alaedini A.
(8) Volta U, De Giorgio R, Granito A, Stanghellini V, Barbara G, Avoni P, et al. Anti-ganglioside antibodies in coeliac disease with neurological disorders. Digestive and Liver Diseases. 2006; 38:183–187.
(9) Pynnonen PA, Isometsa ET, Veradale MA, Chaconne SA, Sipila I, Savilahti E, et al. Gluten-free diet may alleviate depressive and behavioural symptoms in adolescents with coeliac disease: A prospective follow-up case-series study. BMC Psychiatry. 2005; 5:14. [PubMed: 15774013]
(10) Knivsberg AM, Reichelt KL, Hoien T, Nodland M Nutr Neurosci 2002 Sep;5(4):251-61. (90/95/2001)
(11) Lucarelli, S., Frediani, T., Zingoni, A.M., Ferruzzi, F.,Giardini, O., Quintieri, F., Barbato, M., D’Eufemia, P., Cardi,E. Panminerva Med., 1995 Sep; 37(3): 137-41.
(12) Reichelt, w. H.. knivsberg, A. M., Nodland, M., stensrud, M., Reichelt, K. L. Developmental Brain Dysfunction .1997 (10),44-55.
(13) Whiteley, P., Rodgers, J., Savery, D., Shattock, P. The Autism Research Unit (ed) 1997. Living and Learning with Autism. Sunderland University Press pp 189-197.
(14) The ScanBrit randomised, controlled, single-blind study of a gluten- and casein-free dietary intervention for children with autism spectrum disorders.
Whiteley P, Haracopos D, Knivsberg AM, Reichelt KL, Parlar S, Jacobsen J, Seim A, Pedersen L, Schondel M, Shattock P.

 

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APLV – Alergia a Proteína do Leite Aumentou???

Por Dra. Daniela Mendonça

Houve um aumento na prevalência de 0,2% para 2 a 6% conforme a população estudada e existem algumas teorias que tentam explicar o motivo do aumento das alergias alimentares nas crianças.

O principal fator de risco é a predisposição genética para alergia, ou seja, se a mãe ou pai apresentam alguma alergia (rinite, dermatite, asma ou qualquer alergia), a criança já nasce com um risco de 50 a 75 % de também ser alérgica e pode se manifestar como alergia alimentar na fase inicial da vida.

Sabe-se também que a mudança da microbiota intestinal (bactérias boas do intestino) dos bebês pode predispor à APLV. Essa conclusão se deve a estudos demonstrando que crianças nascidas de cesárea acabam não entrando em contato com a flora bacteriana vaginal da mãe por meio do canal do parto e apresentam uma microbiota intestinal diferente e com menos defesas do que a do bebê nascido por parto normal.

O contato precoce com a proteína do leite de vaca é outro fator de risco importante, principalmente nas primeiras horas de vida. Portanto, o aleitamento materno exclusivo é um protetor para alergias alimentares e outras atopias.

Outros fatores de risco para alergias alimentares/APLV são:
– prematuridade;
– introdução precoce de alimentos sólidos antes dos 4 meses de idade;
– introdução do leite de vaca integral antes de 1 ano de idade;
– infecções intestinais;
– alterações da flora intestinal (disbiose);
– uso repetitivo de antibióticos;
– uso abusivo de antiácidos.

Curiosamente, a maioria das crianças melhora da APLV, ou seja, se tornam tolerantes a proteína do leite de vaca.
Um estudo relata que 45-50% melhoram até 1 ano, 60-75% até 2 anos e 85-90% até 3 anos de idade.

As crianças com alergia alimentar devem ser acompanhadas por uma equipe multidisciplinar formada por GASTROPEDIATRA, alergista pediátrico e nutricionista.

Dra. Daniela Mendonça
Gastropediatra
CRM 20908 / RQE 12409

 

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Existe um teste alérgico para saber do que eu tenho alergia?

Por Dr. Luis Felipe Ensina – Alergista

 

Os testes de alergia são uma ferramenta importante e útil no diagnóstico das doenças alérgicas. No entanto, ainda não existe um teste específico que vai mostrar ao que uma pessoa é alérgica. Mas como assim?
Vejam, cada reação ou doença alérgica é provocada por substâncias diferentes e através de mecanismos diferentes. Por exemplo, a rinite alérgica normalmente é causada por ácaros, fungos ou epitélios de animais, e o mecanismo envolve a produção de um anticorpo específico contra estas substâncias chamado IgE (imunoglobulina E). Por outro lado, a dermatite de contato, que é um outro tipo de alergia que ocorre pelo contato de determinadas substâncias na pele, ocorre pela produção de um tipo de célula específico (linfócitos ou células T) contra a substância em questão (a mais comum é o sulfato de níquel). Assim, não adianta fazer um teste que avalie a presença de IgE para um paciente com dermatite de contato, ou então um teste de contato para um paciente com rinite.
Simples, não? Pois é, parece que sim. Mas como saber qual o teste mais indicado para cada tipo de alergia? É só considerar qual o mecanismo envolvido e as substâncias relacionadas. Não adianta fazer um teste de puntura, que é uma das formas de se avaliar a presença de IgE específica, para leite, ovo, trigo ou veneno de abelha em um paciente em investigação de rinite alérgica.
Mas por que? Porque sabemos que as alergias respiratórias estão relacionadas a substâncias inaladas, e não ingeridas (como os alimentos) ou relacionadas ao veneno de insetos. Da mesma forma, um teste de contato com cosméticos não faz sentido para um paciente que apresenta dermatite relacionada ao contato com objetos de metal como brincos e bijuterias.
Enfim, o diagnóstico das alergias depende muito mais de uma história clínica detalhada do que de testes alérgicos. Os testes são bastante úteis para confirmar uma suspeita, mas devem ser solicitados com critério para que as interpretações não sejam confusas.

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Leites Zero Lactose e as Fórmulas SL

Por nossa querida Drª Daniela Mendonça – Gastropediatra CRM SC 20908

Os LEITES ZERO LACTOSE e as FÓRMULAS SL (SEM LACTOSE) foram desenvolvidos para pessoas com intolerância à lactose, que é quando o intestino não consegue digerir direito o açúcar do leite (lactose) por redução da lactase (enzima que digere a lactose). Os sintomas são diarreia, vômitos, dor abdominal e/ou gases após a ingestão da lactose.
A intolerância à lactose geralmente ocorre na adolescência e na fase adulta, na infância é rara em menores de 2 anos de idade e tende a iniciar após os 5 anos de idade.

Crianças menores de 2 anos com sintomas gastrointestinais após a ingestão do leite devem ser avaliadas por um gastropediatra para investigar ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE DE VACA (APLV). Na APLV não pode ser dado fórmulas SL e leites zero lactose, pois a proteína do leite de vaca está presente na forma intacta, eles apenas não possuem a lactose. Os pacientes com APLV não podem consumir leite de vaca (com ou sem lactose), derivados e alimentos contendo leite.

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Alergia x Intolerância Alimentar

Por Cristiane Silveira – Nutricionista

Quantas vezes ouvimos alergia a lactose? Ou Intolerância ao leite?

Você sabe se elas existem? ???

As alergias alimentares são frequentemente confundidas com quadros de intolerância, porém as causas são diferentes, bem como seus tratamentos.

A alergia alimentar é uma reação do sistema imunológico (de defesa do organismo) contra algo (alérgeno) que ele julga estranho, em geral proteínas, que podem ser provenientes de alimentos, ácaros, pólens e pelos de animais. Na alergia, o sistema imunológico responde de forma exagerada e incomum a algum componente do alimento e este é compreendido pelo organismo do ser humano como um agente agressor.

 

O correto então é alergia as proteínas do leite de vaca (APLV), principal causa de alergia alimentar na infância, é causada pelas proteínas do leite: caseína, alfalactoalbumina e beta-lactoglobulina. O mecanismo imunológico mais comum na APLV é a produção de anticorpos específicos do tipo IgE contra essas proteínas, que podem ser detectados através de exames alérgicos na pele ou através de análises no sangue. Porém, nem todas as formas de alergia alimentar apresentam IgE aumentada no sangue.

Em geral, os sintomas acontecem logo após a ingestão do alimento, mesmo em porções mínimas, e podem envolver diversos órgãos e sistemas como: tubo digestivo (cólicas, vômitos, diarreia, sangramento nas fezes); pele (urticária); sistema respiratório (chiado no peito); e até mais severos como edema de glote e choque anafilático (queda da pressão com perda da consciência), além de sintomas gerais como dificuldade no ganho de peso e de crescimento.

O tratamento correto se baseia na exclusão TOTAL do alimento envolvido e seus derivados da dieta alimentar, o que leva à solução dos sintomas.

Intolerância alimentar é definida como uma dificuldade do organismo no processo de digestão de determinado alimento, normalmente por ausência das enzimas digestivas. No caso do leite de vaca, o principal responsável pelos casos de intolerância é a lactose, um açúcar presente em sua composição. A intolerância ocorre devido à ausência total ou parcial da lactase, enzima responsável pela sua digestão.

Os sintomas da intolerância são exclusivamente gastrointestinais (gases, diarreia, cólica, dor abdominal) podendo ocasionar em minutos ou horas após a ingestão do alimento. Ao contrário da alergia, o aparecimento dos sintomas normalmente é dependente da quantidade do alimento ingerida, e geralmente não é necessária a exclusão total do alimento em questão. vários indivíduos toleram inclusive a ingestão de derivados (queijos, iogurtes etc.) que contêm menos lactose que o leite em si.

Diferenciar a alergia alimentar da intolerância é fundamental para que pacientes e seus familiares façam um correto tratamento

Então não existe intolerância ao leite, o correto é Intolerância à lactose que é diferente de Alergia a proteína do leite (APLV)!

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Quiche de Espinafre

Por Chef Cláudio Rodrigues

Para a Massa:

180g Farinha de Arroz

90g de Amido de Milho

1 ovo

1 col. de chá de sal

60g de manteiga gelada, ou gordura de palma

3oml de água gelada

Preparo:

Misture tudo com a mão, faça uma bola de massa e enrole em plástico filme. Leve à geladeira por 20 minutos. Para o Recheio 150g de espinafre 2 ovos 200gr de Tofu Cream para uma versão sem lactose ou 1/2 ricota esfarelada com garfo Sal e pimenta do reino a gosto Modo de preparo: Numa panela distribua as folhas de espinafre bem lavadas e deixe cozinhar/reduzir por completo, desligue a panela, pique o espinafre e com a panela já fria adicione o tofu ou a ricota esfarelada, sal, pimenta e ovos batidos. Depois de 20 min. de geladeira, abra a massa num refratário ou forma com fundo removível e leve ao forno pré-aquecido por mais 20 minutos. Ela vai assar mas ainda não vai dourar. Retire-a do forno, despeje o recheio e retorne ao forno para assar com o recheio por mais 15 minutos, vocês irão reparar as bordas douradas, estará pronto.

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Doença Celíaca- DC

Por Dra Janaína Melo – Gastropediatra

A Doença Celíaca (DC) é uma doença autoimune caracterizada pela inflamação crônica do intestino devido à ingestão do glúten – principal fração protéica presente no trigo, centeio, cevada, aveia e malte (sub-produto da cevada).
Geralmente aparece na infância, nas crianças com idade entre 1 e 3 anos, mas pode surgir em qualquer idade, inclusive nos adultos e idosos.
Três formas de apresentação clínica da DC são reconhecidas: clássica ou típica, não clássica ou atípica, e assintomática ou silenciosa :
I Forma Clássica: caracterizada por diarréia crônica (diarréia que dura mais de 30 dias), em geral acompanhada de distensão abdominal e perda de peso. É um quadro mais grave e mais frequente em crianças pequenas.
II Forma Atípica: caracteriza-se por quadro com poucos sintomas, em que as manifestações digestivas estão ausentes ou, quando presentes, ocupam um segundo plano.
Os pacientes deste grupo podem apresentar manifestações isoladas, como, por exemplo, baixa estatura, anemia por deficiência de ferro refratária à reposição de ferro por via oral, anemia por deficiência de folato e vitamina B12, osteoporose, hipoplasia do esmalte dentário, artralgias ou artrites, constipação intestinal crônica, atraso puberal, irregularidade do ciclo menstrual, esterilidade, abortos de repetição, ataxia, epilepsia (isolada ou associada à calcificação cerebral), neuropatia periférica, miopatia, manifestações psiquiátricas – depressão, autismo, esquizofrenia -, úlcera aftosa recorrente, elevação das enzimas hepáticas sem causa aparente, fraqueza, perda de peso sem causa aparente, edema de aparição abrupta após infecção ou cirurgia e dispepsia não ulcerosa.
III Forma Silenciosa: caracterizada por alterações sorológicas e histológicas da mucosa do intestino delgado compatíveis com DC, na ausência de manifestações clínicas. Geralmente diagnosticada nos parentes de primeiro grau dos pacientes com DC.
O diagnóstico é feito por meio dos marcadores sorológicos (que é um exame de sangue) e confirmado com a biópsia do intestino delgado através da endoscopia digestiva alta.
O tratamento da DC consiste na dieta sem glúten, devendo-se, portanto, excluir da alimentação alimentos que contenham trigo, centeio, cevada, malte e aveia, por toda a vida.
OBS: Doença celíaca é diferente de intolerância ao glúten e diferente de alergia ao trigo.
Na dúvida, procure um gastropediatra.

 

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Alergia ao café, existe???

Por Dra. Janaína Melo

? Alergia ao café não é muito comum, mas existe sim! Com o processo de torra do grão do café a incidência de alergias reduziu bastante, mas ainda pode ocorrer. O grupo de maior risco para este tipo de alergia são os trabalhadores de lavoura de café, pela intensa sensibilização com o grão ainda em natura e seu pólen. O consumo do café tem aumentado constantemente por seus benefícios para a saúde pelo seu efeito antioxidante, entretanto devemos ficar de olho nos efeitos em cada pessoa. Os sintomas de reação são semelhantes a outras alergias alimentares e ocorrem até duas horas depois da ingestão.

Quem é alérgico pode, portanto, ter reações:

Na pele:
?urticária, ?inchaço, ?coceira e ?eczemas),

No aparelho digestivo:
?diarreia, ?dores abdominais e ?vômitos

No sistema respiratório:
?tosse, ?rouquidão e ?chiado no peito.

Porém, em casos mais graves, pode levar também a queda da pressão arterial e arritmia cardíaca, o que prejudica a irrigação de vários órgãos – o chamado choque anafilático – e, por isso, o paciente deve ficar atento aos sintomas.

? Além do café, a cafeína também pode ser encontrada em outros produtos, como:
Refrigerantes;
Energéticos;
Chás;
Chocolate;
Cacau;
Medicamentos.
ALERGIA, INTOLERÂNCIA OU EXCESSO?

A maioria das pessoas que se sentem “indispostas” depois de beber café podem ser sensíveis a cafeína.

Pode ser que você seja intolerante à cafeína, ou seja, organismo não é capaz de absorvê-la, não possuindo a enzima necessária para a sua quebra e digestão. Nesse caso, os sintomas são parecidos, incluindo flatulência e zumbido, mas talvez demorem mais a aparecer.

Agitação, insônia e possível aumento da pressão pode ser simplesmente resultado do excesso de cafeína, um efeito colateral previsível.

? Quem tem alergia deve ficar longe da cafeína.
Quem tem intolerância deve diminuir o consumo.

Já existem no mercado as versões descafeinadas de café, mantém o sabor do café normal e são mais seguros para quem tem intolerância ou alergia à cafeína.

IMPORTANTE é procurar o alergista / imunologista para uma avaliação e diagnóstico correto para evitar problemas mais graves!