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Como devo me preparar para Testes de Alergias?

Por Dr. Luis Felipe Ensina – Alergista

Os testes de alergia geralmente são do tipo puntura (“prick test”) ou de contato (“patch test”). O teste de puntura é indicado para investigação das alergias respiratórias, alimentar, ao veneno de insetos e medicamentos. O teste de contato, por sua vez, avalia principalmente as reações do tipo dermatite de contato, embora em alguns casos muito específicos possa ser utilizado também em determinadas alergias alimentares ou por medicamentos. Para cada um destes testes o paciente deverá se preparar de forma diferente.
No caso do teste de puntura, é importante ficar atento ao uso de determinados medicamentos, que devem ser interrompidos previamente, conforme orientação a seguir:
– Anti-histamínicos modernos (ex. loratadina, desloratadina, fexofenadina): interromper 5 dias antes do teste;
– Anti-histamínicos clássicos (ex. hidroxizine, dexclorfeniramina, prometazina): interromper 3-4 dias antes do teste;
– Anti-leucotrienos (ex. montelucaste): interromper 01 dia antes do teste;
– Anti-histamínicos do tipo anti-H2 (ex. ranitidina ou cimetidina): não usar no dia do teste;
Lembrem-se de que alguns anti-gripais também contém anti-histamínicos na fórmula. Um teste realizado durante o uso de anti-histamínicos pode apresentar um resultado falso-negativo. Anti-depressivos triciclos e medicamentos indutores do sono também podem alterar o resultado dos testes. Em caso de dúvidas sempre converse com o seu médico.
O teste de contato é realizado no dorso (costas). Para o teste de contato, alguns cuidados também são necessários:
– A pele deve estar preferencialmente sem lesões no período do teste;
– Evite expor as costas ao sol por uma semana antes do dia programado;
– Evite o uso de corticosteroides tópicos no local onde será realizado o teste por uma semana antes do teste;
– Interromper o uso de corticosteroides sistêmicos (ex. prednisolona, deflazacort) por uma semana antes do teste;
– Interromper o uso de anti-inflamatórios não-esteroidais (ex. diclofenaco, ibuprofeno, AAS) por uma semana antes do teste;
– Não aplique creme, loções ou hidratantes nas costas por 4 horas antes do teste;
– Continue a tomar os outros medicamentos prescritos regularmente;
Lembre-se que no teste de contato o material ficará grudado nas suas costas por 2 dias, sendo que neste período pode ser recomendado não molhar o local ou realizar atividades que provoquem suor, sob o risco de invalidar o teste.
Os testes para alergia quando bem indicado podem ajudar de forma significativa a se descobrir a causa de uma determinada alergia. Quanto melhor a técnica utilizada e tomados os devidos cuidados, maior a chance de um resultado confiável.

 

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Mouse de Chocolate #semleite #semsoja #semglúten

#semleite #semsoja #semglúten

Ingredientes:

  • 200g de chocolate 50% cacau Ouro Moreno
  • 1/2 xícara de leite de coco pronto para beber Ducoco
  • 3 claras
  • Opcional para decorar: frutas vermelhas
  • Folhas de hortelã
  • Crocante de amêndoas

Instruções:

  1. Primeiro, vamos bater nossas claras em ponto de neve.
  2. Com o auxílio da batedeira, bata até que as claras fiquem firmes. Reserve.
  3. Derreta o chocolate em banho-maria, ou de 30 em 30 segundos no microondas.
  4. Retire do banho-maria e acrescente o leite de coco.
  5. Misture bem para que fique homogêneo.
  6. Caso queira mais doce, é aqui que você adiciona um pouco do açúcar de sua preferência.
  7. Agora, incorpore as claras em neve, delicadamente, à mistura do chocolate.
  8. Faça movimentos leves e suaves, para não perder a aeração das claras.
  9. Distribua a mousse em potinhos ou copos individuais, ou despeje em travessa única.
  10. Leve para gelar por pelo menos 2 horas antes de consumir.

Se preferir, leve ao freezer e experimente um saboroso sorvete!

 

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O Glúten e o Autismo

Entrevista com Dra. Geórgia Meneses Fonseca…

Recentemente, um tema vem sendo amplamente comentado e debatido no meio científico: as possíveis relações entre o consumo de glúten e o autismo em crianças. Para entender melhor esta complexa questão, a Schär conversou com uma das maiores especialistas no Brasil sobre o assunto. Mãe de uma menina autista, a doutora Geórgia Meneses Fonseca é pediatra com ampla experiência em desenvolvimento infantil, puericultura, homeopatia e saúde mental, além de pesquisadora em autismo da Federação Brasileira de Homeopatia, da qual é membro diretora. Confira a seguir a entrevista que ela gentilmente nos cedeu, por e-mail.

Já existe comprovação científica sobre as relações entre doença celíaca e autismo? O que é possível afirmar a este respeito?

Geórgia Meneses Fonseca: Há vários anos, nós que trabalhamos no dia a dia com os pacientes com autismo, e principalmente os pais e cuidadores destas crianças, temos observado que os sintomas gastrointestinais são uma característica comum em todas elas. Esta sintomatologia frequente chamou a atenção de vários pesquisadores para uma possível associação com a doença celíaca ou sensibilidade ao glúten nestas crianças. Os estudos sobre a resposta imune ao glúten no autismo e sua associação com doença celíaca apresentavam-se inconsistentes, no entanto alguns trabalhos recentes vêm respondendo a estes questionamentos. Novos estudos demonstraram que as crianças com autismo têm níveis significativamente mais elevados de anticorpos IgG para gliadina em comparação com os indivíduos saudáveis.(1) A resposta de anticorpos IgG anti-gliadina também se mostrou significativamente maior nas crianças autistas com sintomas gastrointestinais em comparação com aquelas que não apresentavam nenhum sintoma deste tipo. Isto comprovou que as crianças autistas podem sim apresentar aumento da reatividade imunológica de glúten. O mecanismo parece ser distinto da doença celíaca. O aumento da resposta de anticorpos anti-gliadina e sua associação com sintomas gastrointestinais aponta para um potencial mecanismo que envolve alterações de permeabilidade intestinal e/ ou imunológica em crianças afetadas.

Uma patologia que permaneceu desconsiderada por muito tempo, apesar de ter sido descrita originalmente em 1980, é a Sensibilidade Não Celíaca ao Glúten (SNCG) e que agora vem recebendo atenção devido aos estudos epidemiológicos recentes que associam a presença da SNCG em indivíduos com Síndrome do Intestino Irritável, Doenças Inflamatórias Intestinais e Distúrbios Neuropsiquiátricos, entre eles o Autismo e a Esquizofrenia. A Sensibilidade Não Celíaca ao Glúten, ou SNCG se caracteriza basicamente pela presença de sintomatologia intestinal e extra-intestinal relacionados à ingestão de alimentos contendo glúten, em indivíduos que não são afetados pela Doença celíaca ou pela Alergia ao Trigo.(2) E realmente temos visto em vários pacientes autistas a falta de marcadores para a DC presentes mas a resposta clara à retirada da proteína com alívio dos sintomas gastrointestinais e melhoria do quadro autístico.

Outro ponto recente e interessante para estudo, não só em relação a DC como para o Autismo, é a inter-relação cada vez mais evidente entre saúde x doença x microbioma isto é, a relação entre a população bacteriana que carregamos como “amigas” e que tomam importante papel no nosso metabolismo. Vários estudos demonstraram uma alteração na microbiota e doenças intestinais inflamatórias por exemplo. Nos casos de autismo, esta alteração, comumente chamada de disbiose, e seu papel no desenvolvimento dos sintomas intestinais e digestivos sempre foi amplamente debatida. De maneira fascinante agora em 2014 foram apresentadas pesquisas que demonstram que algumas bactérias têm potencial capacidade de ajuda na metabolização e quebra dos peptídeos do glúten em celíacos, e que sua ação começa já desde a cavidade oral (3,4,5). Alterações em alguns dos mesmos gêneros de bactérias, como Firmicutes, também foram observadas em crianças com autismo.(6)

 

Por que uma criança autista tem mais problemas de refluxo, constipação e diarréia, por exemplo?

GF: A gênese destes sintomas parece resultar de um círculo vicioso resultante de agressão à mucosa gastrointestinal causando a permeabilidade intestinal aumentada, que será a provocadora da ativação imune gerando inflamação crônica local. E quais seriam os agentes apontados como agressores? Várias frentes de estudo apontam para o uso frequente ou precoce de antibióticos; uma dieta rica em carboidratos e açúcares ou alimentos infantis processados; o desmame precoce; a presença de alterações das respostas imunes primárias pelas vacinações; o uso excessivo de alimentos alergênicos como leite de vaca ou ovos; a exposição a toxinas, metais, vírus, parasitas; a diminuição da atividade de dissacaridases e outras enzimas que são capazes de digerir alimentos como os açucares e proteínas; a diminuição de imunoglobulinas protetoras do trato gastrointestinal como a IGA secretória e o crescimento de bactérias super-resistentes e fungos que são os causadores da disbiose. Todos estes agentes atuando como gatilhos sobre a predisposição genética subjacente.

 

É verdade que a doença celíaca é mais frequente em autistas? Por que isso ocorre?

GF: Não há uma relação direta até agora comprovada nesta relação. Como foi recentemente demonstrado num trabalho realizado na Suécia no ano passado, relacionando 26995 pacientes biopsiados para Doença Celíaca e o diagnóstico de Transtorno do Espectro do Autismo.(7) Mas a presença de anticorpos positivos contra o glúten é encontrada com mais frequência nestes pacientes (2, 7)

 

Há pesquisadores que defendem a tese de que a má absorção dos nutrientes decorrente da doença celíaca acarreta em uma deficiência de neurotransmissores, fazendo com que estas pessoas apresentem comportamentos de autistas. Essa informação procede?

GF: Não exatamente. A DC tem sido associada a desordens neurológicas e psiquiátricas, notadamente com a ataxia cerebelar, neuropatia periférica, epilepsia, cefaléias, demência e depressão. Recentemente, a produção de alguns outros anticorpos têm sido relacionada com a sensibilidade ao glúten e às complicações neurológicas decorrentes, incluindo anticorpos anti-gangliosideos e os anti-GAD (Acido glutâmico descarboxilase). A enzima ácido glutâmico descarboxilase é relacionada à produção de ácido gama aminobutírico (GABA), que é um importante neurotransmissor regulatório no sistema nervoso central. Pelo menos 60% dos pacientes com anticorpos anti-gliadina presentes apresentam também anticorpos anti-GAD.(8)

A sensibilidade ao glúten também tem sido relacionada à diminuição da produção de serotonina. Um trabalho demonstrou que adolescentes celíacos que apresentavam depressão e outras alterações de comportamento tinham baixos níveis de triptofano livre, o qual é essencial para a produção da serotonina.(9)

Relatos sobre a relação entre Esquizofrenia e Doença Celíaca já contam 40 anos. A principal teoria entre a relação da absorção dos peptídeos do glúten, denominados gliadomorfinas, e comportamentos autistas tiveram seu início com estudos de comportamento animal desde a década de 60. A proteína do trigo mal digerida gera um pequeno fragmento proteico denominado peptídeo, que possui a capacidade de ligar-se aos receptores opióides cerebrais e manifestar sintomas semelhantes ao da intoxicação pelo ópio e seus derivados.

 

Fala-se muito na eliminação de glúten e caseína (proteína do leite) da dieta de crianças autistas. Isso é realmente uma medida eficaz? Por que motivos? Uma criança pode reverter o autismo apenas por meio de uma dieta sem glúten e lactose, p. e.?

GF: A restrição de glúten e caseína da dieta de pacientes com Transtorno do Espectro do Autismo tem obtido grande aderência e aprovação de pais e cuidadores que observam a melhoria dos sintomas autísticos destes pacientes. Os estudos clínicos realizados com a dieta livre de glúten e de caseína nestas crianças demonstraram uma melhora no nível cognitivo não verbal, melhora na linguagem, diminuição dos problemas motores, diminuição do alheamento, aumento das habilidades de comunicação e de contato social e diminuição do comportamento estereotipado e agressivo.( 10, 11, 12, 13). Um dos melhores trabalhos sobre isto foi um estudo randomizado durante 24 meses de aplicação da dieta feito em 2010 por pesquisadores britânicos e escandinavos em 74 crianças com autismo de 4 a 10 anos avaliadas por diversas escalas de avaliação para comportamento social e desempenho cognitivo, que revelou melhora significativa nos escores obtidos no grupo em dieta livre de glúten e de caseína.(14)

 

Cortando o glúten da alimentação de uma criança, é preciso recorrer a outras proteínas substitutivas? Quais?

GF: Toda restrição dietética em crianças deve ser acompanhada e orientada por profissional especializado. A retirada do glúten em si não trará muitos problemas, pois as outras fontes proteicas são todas liberadas. A retirada da caseína implica em atenção para os níveis de cálcio e manutenção do status proteico para garantirmos o crescimento e desenvolvimento adequados.

Referências:

(1) Markers of Celiac Disease and Gluten Sensitivity in Children with Autism. – Lau NM, Green PH, Taylor AK, Hellberg D, Ajamian M, Tan CZ, Kosofsky BE, Higgins JJ, Rajadhyaksha AM, Alaedini A.
(2) Non-Celiac Gluten sensitivity: the new frontier of gluten related disorders.
Catassi C, Bai JC, Bonaz B, Bouma G, Calabrò A, Carroccio A, Castillejo G, Ciacci C, Cristofori F, Dolinsek J, Francavilla R, Elli L, Green P, Holtmeier W, Koehler P, Koletzko S, Meinhold C, Sanders D, Schumann M, Schuppan D, Ullrich R, Vécsei A, Volta U, Zevallos V, Sapone A, Fasano A.
(3) Diversity of the cultivable human gut microbiome involved in gluten metabolism: Isolation of microorganisms with potential interest for coeliac disease.
Caminero A, Herrán AR, Nistal E, Pérez-Andrés J, Vaquero L, Vivas S, de Morales JM, Albillos SM, Casqueiro J.
(4) The cultivable human oral gluten-degrading microbiome and its potential implications in coeliac disease and gluten sensitivity.
Fernandez-Feo M, Wei G, Blumenkranz G, Dewhirst FE, Schuppan D, Oppenheim FG, Helmerhorst EJ.
(5) Discovery of a novel and rich source of gluten-degrading microbial enzymes in the oral cavity.
Helmerhorst EJ, Zamakhchari M, Schuppan D, Oppenheim FG.
(6) Fecal microbiota and metabolome of children with autism and pervasive developmental disorder not otherwise specified.
De Angelis M, Piccolo M, Vannini L, Siragusa S, De Giacomo A, Serrazzanetti DI, Cristofori F, Guerzoni ME, Gobbetti M, Francavilla R.
(7) Markers of Celiac Disease and Gluten Sensitivity in Children with Autism.
Lau NM, Green PH, Taylor AK, Hellberg D, Ajamian M, Tan CZ, Kosofsky BE, Higgins JJ, Rajadhyaksha AM, Alaedini A.
(8) Volta U, De Giorgio R, Granito A, Stanghellini V, Barbara G, Avoni P, et al. Anti-ganglioside antibodies in coeliac disease with neurological disorders. Digestive and Liver Diseases. 2006; 38:183–187.
(9) Pynnonen PA, Isometsa ET, Veradale MA, Chaconne SA, Sipila I, Savilahti E, et al. Gluten-free diet may alleviate depressive and behavioural symptoms in adolescents with coeliac disease: A prospective follow-up case-series study. BMC Psychiatry. 2005; 5:14. [PubMed: 15774013]
(10) Knivsberg AM, Reichelt KL, Hoien T, Nodland M Nutr Neurosci 2002 Sep;5(4):251-61. (90/95/2001)
(11) Lucarelli, S., Frediani, T., Zingoni, A.M., Ferruzzi, F.,Giardini, O., Quintieri, F., Barbato, M., D’Eufemia, P., Cardi,E. Panminerva Med., 1995 Sep; 37(3): 137-41.
(12) Reichelt, w. H.. knivsberg, A. M., Nodland, M., stensrud, M., Reichelt, K. L. Developmental Brain Dysfunction .1997 (10),44-55.
(13) Whiteley, P., Rodgers, J., Savery, D., Shattock, P. The Autism Research Unit (ed) 1997. Living and Learning with Autism. Sunderland University Press pp 189-197.
(14) The ScanBrit randomised, controlled, single-blind study of a gluten- and casein-free dietary intervention for children with autism spectrum disorders.
Whiteley P, Haracopos D, Knivsberg AM, Reichelt KL, Parlar S, Jacobsen J, Seim A, Pedersen L, Schondel M, Shattock P.

 

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APLV – Alergia a Proteína do Leite Aumentou???

Por Dra. Daniela Mendonça

Houve um aumento na prevalência de 0,2% para 2 a 6% conforme a população estudada e existem algumas teorias que tentam explicar o motivo do aumento das alergias alimentares nas crianças.

O principal fator de risco é a predisposição genética para alergia, ou seja, se a mãe ou pai apresentam alguma alergia (rinite, dermatite, asma ou qualquer alergia), a criança já nasce com um risco de 50 a 75 % de também ser alérgica e pode se manifestar como alergia alimentar na fase inicial da vida.

Sabe-se também que a mudança da microbiota intestinal (bactérias boas do intestino) dos bebês pode predispor à APLV. Essa conclusão se deve a estudos demonstrando que crianças nascidas de cesárea acabam não entrando em contato com a flora bacteriana vaginal da mãe por meio do canal do parto e apresentam uma microbiota intestinal diferente e com menos defesas do que a do bebê nascido por parto normal.

O contato precoce com a proteína do leite de vaca é outro fator de risco importante, principalmente nas primeiras horas de vida. Portanto, o aleitamento materno exclusivo é um protetor para alergias alimentares e outras atopias.

Outros fatores de risco para alergias alimentares/APLV são:
– prematuridade;
– introdução precoce de alimentos sólidos antes dos 4 meses de idade;
– introdução do leite de vaca integral antes de 1 ano de idade;
– infecções intestinais;
– alterações da flora intestinal (disbiose);
– uso repetitivo de antibióticos;
– uso abusivo de antiácidos.

Curiosamente, a maioria das crianças melhora da APLV, ou seja, se tornam tolerantes a proteína do leite de vaca.
Um estudo relata que 45-50% melhoram até 1 ano, 60-75% até 2 anos e 85-90% até 3 anos de idade.

As crianças com alergia alimentar devem ser acompanhadas por uma equipe multidisciplinar formada por GASTROPEDIATRA, alergista pediátrico e nutricionista.

Dra. Daniela Mendonça
Gastropediatra
CRM 20908 / RQE 12409

 

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Pão de Amêndoas com Quinoa

Por Chef Cláudio Rodrigues

Ingredientes:

1 e 1/2 xícara (chá) de farinha de amêndoas;

1 xicara (chá) de quinoa em flocos ;

3/4 xícaras (chá) de polvilho doce;

1 colher (chá) rasa de sal;

1 colher (chá) de açúcar mascavo;

1 colher (sopa) de fermento biológico;

4 ovos peneirados;

3 colheres de sopa de leite de coco .

 

Modo de preparo:

Em um recipiente misture todos os ingredientes secos e reserve;

No liquidificador bata bem os ovos e o leite;

Despeje a mistura aos ingredientes secos e incorpore bem;

Em uma forma untada acomode a massa;

Leve ao forno pré-aquecido a 180°C por mais ou menos 40 minutos ou até ficar dourado.

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Existe um teste alérgico para saber do que eu tenho alergia?

Por Dr. Luis Felipe Ensina – Alergista

 

Os testes de alergia são uma ferramenta importante e útil no diagnóstico das doenças alérgicas. No entanto, ainda não existe um teste específico que vai mostrar ao que uma pessoa é alérgica. Mas como assim?
Vejam, cada reação ou doença alérgica é provocada por substâncias diferentes e através de mecanismos diferentes. Por exemplo, a rinite alérgica normalmente é causada por ácaros, fungos ou epitélios de animais, e o mecanismo envolve a produção de um anticorpo específico contra estas substâncias chamado IgE (imunoglobulina E). Por outro lado, a dermatite de contato, que é um outro tipo de alergia que ocorre pelo contato de determinadas substâncias na pele, ocorre pela produção de um tipo de célula específico (linfócitos ou células T) contra a substância em questão (a mais comum é o sulfato de níquel). Assim, não adianta fazer um teste que avalie a presença de IgE para um paciente com dermatite de contato, ou então um teste de contato para um paciente com rinite.
Simples, não? Pois é, parece que sim. Mas como saber qual o teste mais indicado para cada tipo de alergia? É só considerar qual o mecanismo envolvido e as substâncias relacionadas. Não adianta fazer um teste de puntura, que é uma das formas de se avaliar a presença de IgE específica, para leite, ovo, trigo ou veneno de abelha em um paciente em investigação de rinite alérgica.
Mas por que? Porque sabemos que as alergias respiratórias estão relacionadas a substâncias inaladas, e não ingeridas (como os alimentos) ou relacionadas ao veneno de insetos. Da mesma forma, um teste de contato com cosméticos não faz sentido para um paciente que apresenta dermatite relacionada ao contato com objetos de metal como brincos e bijuterias.
Enfim, o diagnóstico das alergias depende muito mais de uma história clínica detalhada do que de testes alérgicos. Os testes são bastante úteis para confirmar uma suspeita, mas devem ser solicitados com critério para que as interpretações não sejam confusas.

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Sequilhos Nazinha

Entre os itens mais vendidos em nossa loja, os Sequilhos Clássicos Nazinha são gostosos e saudáveis desde a receita até a fabricação, para que você tenha uma vida plena de sabor e bem-estar. Elaborados com ingredientes selecionados e nutritivos, sua produção é feita sem adição de leite ou de glúten. O companheiro ideal para o café da manhã e para o lanche da tarde: em casa, na escola ou no trabalho. E também para os momentos felizes de descontração em família.

Especificações:

√ NÃO CONTÉM GLÚTEN.

√ NÃO CONTÉM LACTOSE.

√ NÃO CONTÉM LEITE E DERIVADOS.

√ Produzido em maquinário exclusivo.

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Quiche de Espinafre

Por Chef Cláudio Rodrigues

Para a Massa:

180g Farinha de Arroz

90g de Amido de Milho

1 ovo

1 col. de chá de sal

60g de manteiga gelada, ou gordura de palma

3oml de água gelada

Preparo:

Misture tudo com a mão, faça uma bola de massa e enrole em plástico filme. Leve à geladeira por 20 minutos. Para o Recheio 150g de espinafre 2 ovos 200gr de Tofu Cream para uma versão sem lactose ou 1/2 ricota esfarelada com garfo Sal e pimenta do reino a gosto Modo de preparo: Numa panela distribua as folhas de espinafre bem lavadas e deixe cozinhar/reduzir por completo, desligue a panela, pique o espinafre e com a panela já fria adicione o tofu ou a ricota esfarelada, sal, pimenta e ovos batidos. Depois de 20 min. de geladeira, abra a massa num refratário ou forma com fundo removível e leve ao forno pré-aquecido por mais 20 minutos. Ela vai assar mas ainda não vai dourar. Retire-a do forno, despeje o recheio e retorne ao forno para assar com o recheio por mais 15 minutos, vocês irão reparar as bordas douradas, estará pronto.

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Doença Celíaca- DC

Por Dra Janaína Melo – Gastropediatra

A Doença Celíaca (DC) é uma doença autoimune caracterizada pela inflamação crônica do intestino devido à ingestão do glúten – principal fração protéica presente no trigo, centeio, cevada, aveia e malte (sub-produto da cevada).
Geralmente aparece na infância, nas crianças com idade entre 1 e 3 anos, mas pode surgir em qualquer idade, inclusive nos adultos e idosos.
Três formas de apresentação clínica da DC são reconhecidas: clássica ou típica, não clássica ou atípica, e assintomática ou silenciosa :
I Forma Clássica: caracterizada por diarréia crônica (diarréia que dura mais de 30 dias), em geral acompanhada de distensão abdominal e perda de peso. É um quadro mais grave e mais frequente em crianças pequenas.
II Forma Atípica: caracteriza-se por quadro com poucos sintomas, em que as manifestações digestivas estão ausentes ou, quando presentes, ocupam um segundo plano.
Os pacientes deste grupo podem apresentar manifestações isoladas, como, por exemplo, baixa estatura, anemia por deficiência de ferro refratária à reposição de ferro por via oral, anemia por deficiência de folato e vitamina B12, osteoporose, hipoplasia do esmalte dentário, artralgias ou artrites, constipação intestinal crônica, atraso puberal, irregularidade do ciclo menstrual, esterilidade, abortos de repetição, ataxia, epilepsia (isolada ou associada à calcificação cerebral), neuropatia periférica, miopatia, manifestações psiquiátricas – depressão, autismo, esquizofrenia -, úlcera aftosa recorrente, elevação das enzimas hepáticas sem causa aparente, fraqueza, perda de peso sem causa aparente, edema de aparição abrupta após infecção ou cirurgia e dispepsia não ulcerosa.
III Forma Silenciosa: caracterizada por alterações sorológicas e histológicas da mucosa do intestino delgado compatíveis com DC, na ausência de manifestações clínicas. Geralmente diagnosticada nos parentes de primeiro grau dos pacientes com DC.
O diagnóstico é feito por meio dos marcadores sorológicos (que é um exame de sangue) e confirmado com a biópsia do intestino delgado através da endoscopia digestiva alta.
O tratamento da DC consiste na dieta sem glúten, devendo-se, portanto, excluir da alimentação alimentos que contenham trigo, centeio, cevada, malte e aveia, por toda a vida.
OBS: Doença celíaca é diferente de intolerância ao glúten e diferente de alergia ao trigo.
Na dúvida, procure um gastropediatra.

 

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Parte 2: Como Substituir Manteigas, Óleos e Gorduras

Por Cristiane Silveira – Nutricionista

 

ÓLEO DE COCO ? – A gordura alternativa que mais se assemelha a manteiga é o óleo de coco. A única diferença que o óleo de coco liquidifica a uma temperatura mais baixa que a manteiga. Por isso, se for necessário usar o óleo de coco numa consistência da manteiga, será necessário colocar no congelador alguns minutos antes de utilizar.

Para quem não gosta do sabor forte do óleo de coco ?  já existe óleo de coco sem sabor. ??????

 

ÓLEO VEGETAL ??? esta é uma opção segura para os alérgicos ao leite.

AZEITE DE OLIVA ?  colocado no congelador solidifica igual a manteiga.

MANTEIGA GHEE ?  (se não for alérgico a proteína do leite).

A Ghee é uma manteiga clarificada em que toda a água, elementos sólidos e toxinas da gordura do leite e lactose são completamente removidos.

 

MANTEIGA DE AMENDOIM, CASTANHA OU AMÊNDOAS ? As oleaginosas são fontes de gorduras boas, que são essenciais para a produção de muitas substâncias importantes do corpo, além do sabor maravilhoso.

 

RECEITAS:

Manteiga de azeite

Ingredientes:

  • 1 xícara de azeite extra virgem (aquele com vidro escuro e acidez inferior a 0,5);
  • Ervas de sua preferência (alecrim, manjericão, sálvia, tomilho, alho, orégano), frescas ou desidratadas.

Modo de Preparo:

Separe as ervas que você irá usar e as higienize. Corte os talos, elimine as folhas velhas e pique tudo em pedaços pequenos. Distribua o tempero em um recipiente de vidro/cerâmica com tampa, acrescente o azeite de oliva e armazene no congelador.

 

Manteiga vegetal

 

Ingredientes:
• 1 xícara (chá) de oleaginosas
• 1 colher (sopa) de óleo vegetal

 

Modo de Preparo:
• Em um processador, bata as oleaginosas com o óleo vegetal até obter uma textura lisa.
• Transfira a manteiga para um recipiente e reserve.

 

VALIDADE: até 5 dias na geladeira