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Um BOOM de Alergia Alimentar

Ela está em alta e afeta principalmente as crianças. Investigamos o que está por trás e as dificuldades no diagnóstico e no tratamento

Há aproximadamente 20 anos, quando fazia residência médica, a pediatra e alergista Renata Cocco, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, atendia ao redor de duas crianças com alergia alimentar por semana. “Hoje tenho um ambulatório dedicado a isso”, diz. Renata não está sozinha. “Nota-se uma maior procura por prontos-socorros em decorrência das reações a alimentos”, conta a pediatra e alergista Ana Paula Moschione Castro, da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai). Apesar de não termos dados oficiais sobre a incidência do problema no Brasil, relatos como esses indicam que ele está em ascensão. E pior: as manifestações do quadro, que aflige cerca de 5% das crianças e 2% dos adultos, andam mais variadas e graves.

A ciência ainda não consegue explicar por que as proteínas de alguns alimentos são encaradas como inimigas pelo sistema imunológico, o ponto de partida das reações alérgicas. Verdade que o fator genético conta demais. Mas, em se tratando da influência do ambiente, diversas hipóteses são ventiladas. Uma das mais antigas e famosas é a chamada teoria da higiene. Segundo ela, o fato de vivermos em um ambiente tão limpinho e blindado contra agentes infecciosos deixou nosso organismo sensível demais – ponto para a alergia! Acontece que, desde 1989, quando a teoria surgiu, despontaram outras explicações para o fenômeno.

Uma delas recai sobre o parto cesárea, amplamente popularizado nas últimas décadas. Ele foi o alvo de uma pesquisa grega publicada recentemente no periódico da Academia Europeia de Alergia e Imunologia Clínica. Os cientistas acompanharam 459 crianças nascidas em uma mesma maternidade durante os três primeiros anos de vida. Dessa turminha, 24 desenvolveram alergia alimentar. Ao cruzarem os dados, os estudiosos descobriram que, em comparação com os bebês nascidos de parto normal, aqueles que chegaram ao mundo via cesárea apresentavam maior probabilidade de reagir negativamente a certas comidas.

Faz sentido. Ao passar pelo canal vaginal, a criança entra em contato com a flora microbiana da mãe. Com isso, tira proveito das bactérias do bem presentes ali, que ajudarão a formar sua própria microbiota. Nesse processo, quem ganha é o sistema imune, que se portaria menos hiper-reativo. “Na cesárea, essa colonização é mais complicada”, observa a alergista Ariana Yang, coordenadora do Ambulatório de Alergia Alimentar do Hospital das Clínicas de São Paulo. Tem estudo sugerindo que o uso de probióticos no fim da gestação ajudaria a evitar a alergia em bebês nascidos por meio da cirurgia.

Agora, o que tira pra valer o sono dos alergistas é aquele momento em que o bebê vai para o berçário da maternidade. O motivo: nesse espaço, virou prática comum oferecer uma fórmula de leite de vaca ao recém-nascido. “Isso é preocupante porque na primeira semana de vida ele tem um perfil imunológico propenso a alergias”, explica Ariana.

E, nesse contexto em que as defesas ainda não estão maduras, a proteína do leite de vaca – principal responsável por alergia alimentar em nosso país – surge como uma verdadeira bomba. “Ela é capaz de causar a sensibilização, ou seja, a formação de anticorpos. Mais pra frente, em um segundo contato, a criança pode ter reações ao ingeri-la”, ensina Renata Cocco.

Para evitar o chabu, o ideal seria que a futura mamãe registrasse o desejo de deixar o bebê longe desses produtos. “Eles deveriam ser opção só na completa impossibilidade de ofertar o leite materno”, reforça Ariana. Nessa situação, também não dá para usar qualquer fórmula. Indica-se que ela seja hidrolisada, isto é, com as proteínas já quebradinhas – assim, o sistema imune não toma um susto tão grande. Entre outros fatores suspeitos de destrambelhar nossas defesas estão uso excessivo de antibióticos na infância, tempo cada vez menor de amamentação, além de pais sedentários e com dieta desregrada – o que interferiria na informação genética transmitida aos filhos.

Desafios do diagnóstico

Embora a experiência nos consultórios e hospitais mostre um crescimento nos casos de reação adversa à comida, os experts afirmam que há bastante diagnóstico errado por aí. Começa pelo fato de que um monte de sintomas é atribuído à alimentação. Se os pequenos choram muito, por exemplo, já se acende um sinal amarelo.

“Mas 70% dos bebês sofrem de refluxo e cólica”, argumenta Renata. Ou seja, não dá para sair enxugando o cardápio sem critério. A nutricionista especializada em alergia alimentar Renata Pinotti, do Hospital da Criança e Maternidade de São José do Rio Preto, no interior paulista, lembra que, em artigo europeu publicado em 2012, cientistas notaram uma prevalência de quase 20% de alergia ao leite de vaca quando o diagnóstico era baseado no relato da família. “Porém, ao investigarem o quadro direitinho, a taxa caiu para 2 a 3%”, aponta.

E o que seria uma apuração minuciosa? Bem, isso envolve quatro etapas. Primeiro, tem, sim, a história do paciente e da família. Com base nos sintomas narrados, o especialista já consegue vislumbrar se a alergia é ou não mediada por anticorpos.

Se for, dá para pedir testes laboratoriais para ver se eles realmente reagem aos alimentos suspeitos. Digamos que sim. Em seguida, a estratégia correta é tirar o ingrediente da dieta. “Nessa hora, é esperado que o paciente melhore rápido, isto é, em duas ou quatro semanas”, descreve Ana Paula. O passo final é realizar a reintrodução do alimento sob supervisão médica. “Para confirmarmos a alergia, os sintomas devem voltar”, completa a especialista. Se as reações não possuem relação com anticorpos, a única coisa que não dá para fazer é o exame. De resto, o processo segue igual.

Cabe ressaltar que todas as etapas são cruciais, mesmo quando é possível contar com o tal teste laboratorial. “Ele não fecha diagnóstico sozinho”, afirma Ariana. Aliás, chega a ser perigoso confiar apenas nesse laudo. Vamos supor que o exame tenha dado positivo para os anticorpos. “Acima deles há um sistema de regulação que pode estar funcionando muito bem. Nesses casos, é até bom que a pessoa continue consumindo o alimento. Assim, cai o risco de se tornar alérgica de verdade”, explica. Por outro lado, excluir o ingrediente da vida – sem passar pela fase da reintrodução – acabaria silenciando essa proteção natural. “Daí, em um descuido, o consumo do alérgeno pode gerar uma reação gravíssima”, avisa a médica.

Se após toda essa via-crúcis a alergia alimentar for confirmada, não há escapatória: o alimento que dispara as reações deve ser expulso da mesa. A boa notícia é que, muitas vezes, o quadro melhora sozinho – e de forma definitiva. “As alergias a leite, soja, ovo e trigo costumam sumir ainda na infância”, diz Renata Cocco.

Para ter certeza da remissão do problema, de tempos em tempos o médico repete aquele teste de provocação oral, expondo o paciente a pequenas doses do alérgeno. “Só que o processo de tolerância é gradual”, frisa Ana Paula. Então, se a criança comeu uma bolacha com traços de leite, não significa que consegue encarar um copão da bebida. Os pais precisam segurar a ansiedade. E nunca, nunca realizar essa prova em casa, já que as reações são imprevisíveis.

Nos adolescentes e adultos, o campeão de queixas é o camarão. “Como não temos contato diário com ele, é como se o corpo esquecesse que se trata de comida”, explica Ariana. A chatice é que justamente os frutos do mar tendem a provocar alergias persistentes. O mesmo vale para amendoim, castanhas e peixes. “Existe uma forte tendência de essas alergias permanecerem pela vida toda”, pontua a especialista da Asbai.

À primeira vista, parece fácil excluir os alimentos alergênicos da rotina. Ledo engano. Pensemos no leite: não basta abandonar a bebida, o iogurte e os queijos. A proteína causadora da alergia está em diversos ingredientes, como estabilizante caseinato de sódio, fermento lácteo, lactulose, lactulona… Imagine o nó na cabeça. A advogada Cecília Cury, de São Paulo, perde as contas de quantas vezes se embananou na leitura do rótulo e acabou levando o produto errado para casa. O resultado: seu filho Rafael, alérgico a leite e soja, sofria com cólicas, diarreia, sangue nas fezes e refluxo. “Vi que a vida não podia ser assim”, relata.

Cecília criou, com outros pais, o movimento “Põe no Rótulo”, que conseguiu mudanças importantes em relação às informações contidas em itens industrializados. Com o amadurecimento do sistema de defesas, Rafael, que hoje tem 5 anos e meio, se livrou da alergia alimentar. “Percebo a diferença que é poder ir a festas de aniversário, almoço de Páscoa, Natal e afins sem ficar em estado de alerta o tempo todo”, conta Cecília.

Conviver com a alergia alimentar é um baita desafio mesmo. De olho nisso, a ciência vem pensando em alternativas para driblar a condição. Uma delas é introduzir os ingredientes potencialmente alergênicos o mais cedo possível – o objetivo seria treinar o sistema imune para aceitá-lo sem reclamar. Essa estratégia foi testada em um estudo inglês chamado Leap, do qual participaram mais de 550 bebês. Os resultados mostraram que dar amendoim (alimento que faz pipocar alergias nos Estados Unidos e na Europa) a partir dos 4 meses, na vigência da amamentação, de fato protegeu as crianças contra reações adversas.

Mas os especialistas são cautelosos quanto a esses achados. “Não dá para extrapolá-los para nossa população. Nem considerar que são válidos para leite, ovo, soja e companhia”, pondera Renata Cocco. Agora, o que ninguém recomenda é postergar a apresentação dos ingredientes potencialmente alergênicos à criançada.

“Antigamente, ouvíamos que era melhor atrasar a oferta de peixe e ovos. Hoje não existe mais isso”, contextualiza a pediatra Jocemara Gurmini, do Departamento de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria. O correto é oferecer tudo, na época certa. Se está autorizado dar ovo aos 6 meses, não tem por que esperar até o primeiro aniversário, por exemplo. O recado vale inclusive para crianças com histórico de alergia na família. Para a imunidade fazer seu trabalho direito, só treinando mesmo… Uma vez bem condicionada, ela não vai encarar nenhuma proteína como bicho-papão.

Pais unidos por mais informação

Diante da dificuldade em identificar ingredientes alergênicos em produtos industrializados, um grupo de pais deu início, em 2014, ao movimento Põe no Rótulo. O projeto prevê que, em vez de palavrões como estabilizante caseinato de sódio, as marcas informem na embalagem que o produto contém leite. O soro albuminado, outro exemplo, deveria virar ovo. Mais simples e seguro. Pois a medida foi aprovada em 2015 pela Anvisa, e as marcas tiveram um ano para se adaptar. A advogada Cecília Cury, uma das líderes do movimento, conta que a situação não está perfeita, mas já melhorou bastante. “Essa foi a primeira Páscoa em que não vi famílias indo ao hospital por causa de urticária, diarreia e até anafilaxia”, comemora.

Alergia é diferente de intolerância

Quando o assunto é leite, esses dois quadros confundem muita gente

Intolerância

Substância causadora – Lactose (açúcar)

O que acontece – Dificuldade em digerir esse açúcar

Idade em que surge – Em geral, em crianças mais velhas e adultos

Persistência – É alteração genética. Não tem cura

Alergia

Substância causadora – Caseína (proteína)

O que acontece – O sistema imune reage à proteína

Idade em que surge – Normalmente acomete bebês

Persistência – Tende a passar ainda na infância

Os tipos de alergia

Ela pode ser dividida basicamente em duas versões

IgE mediada

Em contato com o alimento alergênico, quem reage é esse anticorpo chamado IgE. Ele libera histamina, substância que causa placas vermelhas na pele, inchaço em olhos, boca e laringe, falta de ar e até a manifestação mais grave, o choque anafilático. Essas consequências ocorrem em segundos ou até duas horas após a ingestão.

Não mediada por IgE

Nesse caso, a proteína alergênica incita a resposta de células do sistema imune. Elas inflamam o órgão-alvo até gerar lesões. Por isso, um dos sinais mais perceptíveis em bebês é a presença de sangue nas fezes. Também pode ocorrer vômito, diarreia, intestino preso… E tudo isso surge mais tardiamente – às vezes, dias após o consumo.

Fonte: Revista Saúde – Editora Abril

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Entenda a Alergia ao Leite ao Vaca – APLV

O que é?

Reação alérgica às proteínas do leite de vaca.

Em que idade é mais comum?

Muito mais comum em crianças entre 2 meses e 2 anos de idade. Adultos raramente tem alergia à proteína do leite de vaca.

Como é feito o diagnóstico?

Pelo médico, por meio da observação dos sintomas. Alguns exames podem ajudar, mas o diagnóstico é confirmado apenas pelo “teste de desencadeamento”, que consiste na observação da reação do paciente à retirada do leite de vaca e derivados com posterior reintrodução desses alimentos.

A mãe pode continuar amamentando o filho no peito?

Sim, e deve. Neste caso, a mãe que amamenta deve seguir uma dieta especial, sem leite de vaca e derivados.

Quais os sinais e sintomas?

  • Podem ocorrer em minutos, horas ou dias após a ingestão de leite de vaca ou derivados, de forma persistente ou repetitiva
  • Problemas respiratórios (asma, chiado no peito e rinite)
  • Dermatites (vermelhidão na pele, descamação, pequenas bolhas e “pele grossa”.
  • Vômitos, cólicas, diarreias, dor abdominal, prisão de ventre, presença de sangue nas fezes.

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Os 7 Alimentos que Mais Causam Alergia

Juntos, os itens que você verá nesta matéria são responsáveis por 90% dos casos de alergia alimentar

Ainda não se sabe ao certo por que as proteínas de alguns alimentos causam respostas alérgicas. Apesar de não termos dados oficiais sobre a incidência do problema no Brasil, vale a pena ficar de olho, já que indícios apontam que ele está em ascensão. E pior: as manifestações do quadro, que aflige cerca de 5% das crianças e 2% dos adultos, andam mais variadas e graves. Veja abaixo quais são as comidas que mais causam reações adversas.

Leite e derivados

São os maiores causadores de alergia no Brasil – basicamente por causa das proteínas caseína, alfa-lactoalbumina e beta-lactoglobulina. Em geral, até os 5 anos de idade a criança passa a tolerá-los. Enquanto isso, é importante contar com acompanhamento para ajustar a dieta e não sofrer com a ausência de cálcio, vital para os ossos. Segundo Renata Pinotti, nutricionista especializada em alergia alimentar, não adianta optar pelo leite de cabra – as proteínas são semelhantes e a chance de reação é de 92%. Ainda de acordo com ela, é raro ver essa alergia em adultos. “Acompanhei só dois casos em 15 anos”, relata.

Ovo

As proteínas ovomucoide e ovoalbumina costumam ser a pedra no sapato dos alérgicos ao alimento. E não tem parte segura – é preciso excluir a clara e a gema. “Há quem reaja apenas ao ovo cru ou levemente cozido”, informa Renata Pinotti. Mas só o médico pode liberar os assados. “Vale lembrar que o ovo está em certas vacinas, como as da febre amarela e da gripe”, diz a expert. Mais um tema para debater no consultório.

Soja

Castanhas

De acordo com a alergista Renata Cocco, aumentou significativamente a quantidade de gente alérgica às oleaginosas. “A reação pode surgir em qualquer fase da vida e é tipicamente persistente”, destaca. Um alento: existe a chance de uma pessoa com alergia à avelã não ter efeitos adversos ao comer amêndoas, por exemplo. “Só que isso deve ser muito bem avaliado”, diz a médica.

Frutos do mar

O destaque é o camarão. Como ele entra em nossa vida de vez em quando, é possível que o sistema imune o encare com hostilidade, produzindo respostas alérgicas. Normalmente, indica-se evitar outros frutos do mar, como caranguejo e lagosta. Os peixes não fazem parte do grupo, mas também podem gerar alergia. Quem reage ao salmão precisa avaliar com o médico se consegue comer atum.

Amendoim

Há estimativas de que o número de crianças com alergia a essa leguminosa triplicou nos Estados Unidos entre 1997 e 2008. Aqui, ela não chega a atormentar tanto assim – mas a incidência claramente vem subindo. “Especialmente em idades mais precoces”, nota Renata Cocco. O amendoim está no time dos alimentos capazes de provocar reações persistentes.

Trigo

“A alergia ao trigo não é a mesma coisa que doença celíaca”, adianta a nutricionista Renata Pinotti. Porém, ela ensina que as proteínas do cereal são bem similares às proteínas formadoras do glúten – essas, sim, um perigo para os celíacos. “Então, por uma possibilidade de reatividade cruzada, recomenda-se excluir os alimentos que possuem tais substâncias.” Centeio, cevada e malte estão nessa lista.
Fonte: https://saude.abril.com.br
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Como Substituir o Ovo em Suas Receitas

Veganos e alérgicos a ovos, vocês sabem como substituir este item tão presente na nossa culinária cotidiana?
Não??? ?
Então, fica a dica! ?

* Todas opções abaixo equivalem a uma unidade de ovo
– 01 colher de sopa de linhaça moída + 03 colheres de sopa de água (processar até formar um creme);
– 01 colher de sopa de chia + 1/3 copo de água (misturar e deixar descansar por 15 minutos);
– 01 colher de sopa de proteína de soja + 03 colheres de sopa de água;
– 01 colher de sopa de Agar-Agar + 01 colher de sopa de água
– 1/2 banana madura amassada;
– 1/4 de purê de maçã sem açúcar;
– 03 colheres de sopa de manteiga de amendoim.

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É Possível e É Normal (Sim!) Amamentar um Alérgico Alimentar

 

Tenho visto muitas mamães desmamando, contra sua vontade, assim que recebem a confirmação da APLV em seus filhos. Ficam tão desesperadas com o diagnóstico que cedem à fórmula hidrolisada, convencida por seus médicos e companheiros que é o melhor a fazer.

Se você deseja continuar a amamentação, saiba que é possível e é normal amamentar um alérgico alimentar!

As fórmulas nos dão a ilusão de escapar da APLV, pois a mãe não precisa fazer a dieta, apenas o bebê. Mas é preciso levar em conta que o cuidado com os traços são exatamente os mesmo para bebês amamentados e bebês de leite artificial.

O lado ruim da fórmula é depender do governo para receber o leite, correr o risco de ficar sem o leite e ter que pagar por si próprio, a dificuldade na aceitação do leite para o bebê, ter que levar mamadeiras e saquinhos com o LA aonde for.
O lado bom da fórmula é que a estabilidade chega mais rápido e a mãe não precisa fazer a dieta.
O lado ruim de amamentar é que a mãe tem que fazer a dieta à risca!
O lado bom de amamentar é que a cura vem mais rápido (alergia é doença do sistema imunológico, e o LM fortalece o sistema imunológico, além de ajudar muito na cicatrização dos órgãos internos, como por exemplo, o intestino), o leite sempre estará prontinho e quentinho.

Se seu filho está tendo problemas com o seu leite, é por conta das proteínas do leite de vaca presentes nele, apenas isso. Não há nada de errado com seu leite! As proteínas podem ficar até 5 dias no corpo da mãe após serem consumidas. As proteínas via LM são mais “diluídas”, então quando você come, por engano, um sanduíche sem leite feito com utensílios com traços do leite, e seu filho reage com um vômito ou diarreia, imagine que esse quadro se agravaria caso ele tivesse o contato direto com esse sanduíche, pois os traços estariam “crus”.

Assim, amamentar também ajuda na introdução de novos alimentos e marcas na dieta da mãe e do bebê, ajuda na reintrodução do leite de vaca, e é infinito!

Não sou da área da saúde, sou apenas uma mãe de alérgico, e por isso minhas explicações tão leigas, porém, verdadeiras. E quero deixar claro que não tenho nada contra uso de fórmulas hidrolisadas! Cada mãe sabe o seu limite, sabe seu estilo de vida, sabe o quadro de seu filho. Esse post é para incentivar e informar as mamães, e evitar o desmame das que, como eu e muitas mais, desejam persistir na amamentação.

Texto publicado em 24 de agosto de 2015 por Angélica L. Azambuja – meu mundo APLV

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Leite Condensado Vegano Sem Glúten

Que tal aprender como fazer um Leite Condensado Vegano que fica igualzinho ao Leite Condensado MOÇA? Fica super suave, saboroso e perfeito para fazer recheios de bolos, calda para doces e até mesmo aquele brigadeiro de panela que você respeita! ??

Ferva 01 bebida de coco Vida Veg. Após a fervura, baixe o fogo, acrescente 01 xícara de açúcar de sua preferência e mexa até reduzir pela metade o volume.
Acondicione em um frasco de vidro, leve a geladeira por algumas horas e, se delicie!!!!

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A Cura da Alergia à Proteína do Leite de Vaca

“Meu filho vai se curar da alergia ao leite?
Quanto tempo será necessário fazer essa dieta? 
Qual a idade que as crianças melhoram desta alergia? 
Ele nunca poderá tomar leite?” 

Essas são perguntas muito freqüentes quando uma criança é diagnosticada com Alergia à proteína do leite de vaca (APLV). Normalmente explicamos às famílias que o tratamento deverá ser realizado por um período, pois as crianças desenvolvem tolerância ao leite com o tempo e futuramente poderão consumir esse alimento.  Essa informação é baseada em artigos científicos, consensos sobre APLV  e na experiência clínica dos profissionais.

 

De acordo com o guideline do ESPGHAN publicado em 2012, estima-se que 50% das crinças com Alergia à proteína do leite desenvolvem tolerância com 1 ano de idade; cerca de 75% até os 3 anos e 90% até 6 anos de idade (Koletzko et al, 2012).

 

Porém, atualmente as alergias estão se tornanado mais graves, mais persistentes e essa estatística não reflete a realidade de grande parte dos casos de APLV no Brasil, gerando mais frutastração do que conforto às famílias.

 

Depoimento de mãe:“Eu esperei ansiosamente que meu filho fizesse um ano e sarasse da alergia, mas isso não aconteceu e fiquei muito triste e frustrada. O mesmo aconteceu quando ele completou 3 anos, meu mundo caiu ao perceber que ele não havia melhorado. Agora estou me agarrando à esperança dele sarar após os 5 anos. Mas tenho medo de ter expectativa e me frustrar novamente.”

 

Depoimento da mãe de uma criança com 9 anos que ainda possui APLV: “Tudo vai dar certo… Depois que tudo der errado! Às vezes sinto como se nossos filhos fossem cobaias, os profissionais não sabem lidar com essa alergia, ficam fazendo testes e brincando com nossa esperança .”

 

Depoimento de uma criança de 5 anos: “Tia Rê, você não disse que eu ia sarar?”

 

Depoimentos como esses fizeram com que eu parasse para refletir sobre a forma como atendo essas crianças e como abordo esse assunto com as famílias.

 

Sabe-se que a alergia alimentar não é uma enfermidade fácil de ser diagnósticada e tratada, não há um exame que a confirme, não é uma ciência exata e não existe uma regra para sua condução. Cada criança é uma criança, tudo depende do tipo de reação que ela apresenta e da forma como seu organismo responde ao tratamento. Por essa razão é compreeensível que as famílias sintam-se inseguras diante da ausência de uma resposta assertiva para suas dúvidas e angústias.

 

Infelizmente não é possível garantir que a criança deixará de reagir um dia, mas existem casos de crianças que desenvolveram tolerância ao longo do tratamento.

 

Há também crianças que desenvolveram tolerância e não querem consumir leite, nem alimentos preparados com leite, pois não gostam. Nesses casos a ansiedade em ver o filho consumindo esses alimentos era da família, não da criança.

 

Por essa razão, o foco do profissional de saúde que trata de alergias como APLV deve ser incluir a alergia alimentar na vida dessas famílias, favocendo a aceitação e o convívio harmônico da criança com sua realidade e o meio em que vive.

 

A ansiedade pela cura existe, pois a maioria das famílias espera que a alergia da criança acabe para que eles possam viver como antes, e nesse momento é necessário fazer o luto das expectativas que foram criadas antes da criança nascer a fim de concordar com a nova realidade. Falar sobre o assunto com tranquilidade e verdade é impressindível, sem negá-lo e nem supervalorizá-lo!

 

Apesar de parecer difícil seguir a dieta isenta dos alimentos que possuem as proteínas do leite, é possível ter qualidade de vida e conviver com essa nova rotina. Não é preciso deixar a vida social e nem o prazer em comer de lado, basta incorporar novos hábitos alimentares e sociais. Assim as crianças com alergia à proteína do leite de vaca, e inclusive suas famílias, passarão a ter uma alimentação muito mais saudável, rica em frutas, legumes, verduras e pobre em açúcares e gorduras.

 

Ao aceitar essa realidade, incorporar novos hábitos e aprender a conviver com a alergia da criança ela deixará de ser o foco da família e todos seguirão seus dias bem e felizes e quando menos se espera, a criança deixará de ser alérgica.

Escrito por Renata Pinotti CRN: 10.886 Nutricionista, Mestra em Nutrição Humana Aplicada pelo PRONUT/USP

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Bolo de Milho Limpo Vegano e Sem Glúten

Delícia para o café da tarde… 
SEM LEITE – SEM OVO – SEM SOJA – SEM GLÚTEN

1 lata de milho
1 xícara de água (suco ou leite de coco)
1 xícara de óleo
2 xícaras de açúcar
3 xícaras de fubá fino
1 colher de sopa de fermento
coco ralado (opcional)

Bater no liquidificador os 04 primeiros itens. Acrescentar o fubá aos poucos e por último, o fermento.
Colocar em uma forma pequena untada com óleo e fubá.
Assar em forno médio pré aquecido por 30 minutos (ou até enfiar um palito e ele sair limpo.

Receita de Marli Tressi

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Arroz Doce Vegano Sem Glúten

Quer uma receitinha doce para começar bem o final de semana? Olha essa então!
Sem glúten, sem Lactose, Sem proteína do leite, 100% Vegano e cheio de amor! ??

Ingredientes:

1 Copo de Arroz Branco

3 Copos e ½ de Água Mineral

1/2 Copo de Açúcar Demerara

3 Cravos

1 Iogurte Vida Veg de Coco

Canela em pó

Canela em pau para decorar (opcional)

Preparo:

Colocar o arroz para cozinhar em uma panela média com todos os ingredientes, mexer bem e deixar cozinhar por 15 minutos, desligar e esperar esfriar. Servir com canela em pó a gosto.

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Folheto Informativo sobre APLV para a Escola

 

Para as mamães, os cuidadores e responsáveis de crianças APLV que frequentam a escolinha, compartilho com vocês este folheto informativo 100% gratuito, disponibilizado pela Neocate. É só você fazer o download, imprimir e encadernar. Deixe alguns exemplares na escola, mostre e explique ao diretor, professores, nutricionista e cozinheiros da escolinha.

Também é válido, se a escola estiver disponível e aberta a abordar este assunto, que o professor explique o que é APLV e os Traços para os coleguinhas. Não há porque fazer mistério sobre alergias alimentares. O assunto precisa ser discutido, quanto maior conhecimento todos tiverem menos reações surgirão.

Faça o download clicando aqui:
http://neocate.com.br/download/folheto-aplv-escolas.pdf

Post original: Angélica L. Azambuja