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APLV – Alergia a Proteína do Leite Aumentou???

Por Dra. Daniela Mendonça

Houve um aumento na prevalência de 0,2% para 2 a 6% conforme a população estudada e existem algumas teorias que tentam explicar o motivo do aumento das alergias alimentares nas crianças.

O principal fator de risco é a predisposição genética para alergia, ou seja, se a mãe ou pai apresentam alguma alergia (rinite, dermatite, asma ou qualquer alergia), a criança já nasce com um risco de 50 a 75 % de também ser alérgica e pode se manifestar como alergia alimentar na fase inicial da vida.

Sabe-se também que a mudança da microbiota intestinal (bactérias boas do intestino) dos bebês pode predispor à APLV. Essa conclusão se deve a estudos demonstrando que crianças nascidas de cesárea acabam não entrando em contato com a flora bacteriana vaginal da mãe por meio do canal do parto e apresentam uma microbiota intestinal diferente e com menos defesas do que a do bebê nascido por parto normal.

O contato precoce com a proteína do leite de vaca é outro fator de risco importante, principalmente nas primeiras horas de vida. Portanto, o aleitamento materno exclusivo é um protetor para alergias alimentares e outras atopias.

Outros fatores de risco para alergias alimentares/APLV são:
– prematuridade;
– introdução precoce de alimentos sólidos antes dos 4 meses de idade;
– introdução do leite de vaca integral antes de 1 ano de idade;
– infecções intestinais;
– alterações da flora intestinal (disbiose);
– uso repetitivo de antibióticos;
– uso abusivo de antiácidos.

Curiosamente, a maioria das crianças melhora da APLV, ou seja, se tornam tolerantes a proteína do leite de vaca.
Um estudo relata que 45-50% melhoram até 1 ano, 60-75% até 2 anos e 85-90% até 3 anos de idade.

As crianças com alergia alimentar devem ser acompanhadas por uma equipe multidisciplinar formada por GASTROPEDIATRA, alergista pediátrico e nutricionista.

Dra. Daniela Mendonça
Gastropediatra
CRM 20908 / RQE 12409

 

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